Antes da publicação do RPG de mesa de Yoshiro em Fevereiro de 2021, tivemos várias adaptações para vários tipos de sistemas desses jogos no mercado. Tivemos até o GURPS Yoshiro, cujo meu irmão gêmeo mestrou para nossos amigos e uma versão para Ação!!! (que era uma versão mais barata do D20 Modern e traduzida para nosso idioma). Porém, o sistema que o jogo foi muito implementado e modificado, foi o Sistema Daemon - leia minha postagem O primeiro RPG de Yoshiro, para mais detalhes.
Dentre os nossos amigos RPGistas, o cargo de mestre sempre ficava para mim ou meu gêmeo (principalmente pelo nosso gosto de ler e de também, sempre comprar os livros). Como também, a nossa casa é um antro de jogos e sempre nos reunimos para jogar diversas coisas - desde videogames, boardgames e RPG. Mas, uma hora ou outra, alguém iria querer ser o Mestre das histórias e encorajados por nós mesmos (o Thiago e eu!) tivemos algumas pérolas...
Hoje eu me lembro do episódio do que amigo Josias, que decidiu criar uma aventura de Yoshiro me colocando como um dos jogadores. A trama dele era até que interessante (e talvez por receio de ser corrigido por colocar dimensões ou certos mundos ou clãs) - seu foco foi mais na Dimensão Neutra mesmo. Me lembro como se fosse ontem, meu personagem que se tornou o Sherlock Holmes e descobria tudo que o mestre planejava.
Me lembro de uma parte, que entramos numa área de cápsulas de tele-transporte. Isso se situava em um laboratório muito bem escondido na Terra e ao pensar bem, disse: "Os nossos inimigos são necromânios... já que os tegicnistas possuem uma barreira que não podem vir neste mundo..." e dentre outros detalhes da histórias que eu resumia contando o que se encaixava no enredo daquele universo. (Eu parecia Jesus Cristo criança deixando boquiaberto os mestres rabi quando tinha 12 anos de idade!). Uma vez que não são anos escrevendo, mas sim, moldei tanta coisa a se tornar algo em que - eu mesmo, tenho que me controlar se for inserir algo novo, para não comprometer a própria lógica em que coloquei no meu mundo.
Já um outro amigo meu ficou zoando dizendo que muita coisa o Mestre da história nem tinha inventado, mas pegava minhas próprias informações como gancho para a aventura dele. Seja como for, recebi um comentário do próprio Mestre quase no fim da aventura: "Ah cara, não dá para enganar um cara que criou o jogo. Todos os truques ele já sabe!" (o que vem nessa hora aquela coisa que quem joga RPG tanto comenta: "Você sabe, seu personagem não."
Mas eu tinha criado um GK inteligente e de uma ordem que fosse para investigação. Muita coisa que ele sabia, foi porque estudou - foi um argumento lógico, mas foi também o fim da campanha. Porque por mais que todos tenham sido entretidos com minhas análises, um Mestre que não pega um dos jogadores, não fica feliz em jogar.
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